23 de nov. de 2008

ARTIGO DE OPINIÃO

Grupo: Ciberarte - por: Raphael Jonhatan, Alan Mota, Felipe, Rubens, Marcel, Kyara e France

A ARTE BENEFICIADA PELA TECNOLOGIA


O tempo é um ditador sutil. Sem percebermos ele passa e modifica tudo aquilo que já conhecemos. A arte, assim como nós, vive a mercê do tempo. Com o passar do tempo a realidade se altera e influencia nossas vidas e nossos feitos.

O artista de outrora que gastava meses de sua vida para pintar um retrato se ofendeu com o tempo e seus avanços quando a máquina fotográfica chegou e reduziu seu trabalho a um click! Os escritores eruditos não aceitaram a chegada dos jornais com sua efemeridade e seus escritores “despreparados”. O rádio se assustou com o mundo visual da TV. Mas assim como o tempo surpreende, ofende, etc. ele também nos traz a aceitação, a adaptação e o fascínio.

Assim o mundo da arte foi invadido pelos ares modernos e seus avanços tecnológicos.

O homem de hoje vive em um espaço segmentado, um tempo real, efêmero e por isso jamais poderia pensar ou sonhar como seus antepassados. As mudanças culturais influenciam seu imaginário, seu intelecto. E fica muito claro, para nós, que essas mudanças culturais vão se fazer reais em suas obras.

Os avanços tecnológicos, a amplitude da comunicação resultante do desenvolvimento e expansão dos eletrônicos midiáticos influenciou o imaginário de nossos artistas e, unido às suas obras, trouxeram diversas vantagens de divulgação e junção da arte com o ser humano.

Há quem se oponha a essas vantagens. Há quem discorde da possibilidade de interatividade que o ciberespaco oferece. Mas quem nunca esteve apreciando uma obra de Dali e tentando ligar seu significado às pinturas, não imaginou o que gostaria de alterar, de modificar ali para passar realmente seu significado de forma mais clara, ao menos para si.

Apreciamos cada um dos toques finais da cibearte! É uma seqüência de influências enriquecedora. O ideal de tudo ser de todos, o imaginário modernizado, a acessibilidade,
a possível junção entre artista e arte e a interatividade proposta ao receptor.

Quão fantástico, para aos vanguardistas admiradores das obras de arte, deve ser modificar a expressão facial de uma Monalisa, alterar um quarto de Van Gohg, endurecer os relógios derretidos de Salvador?! Imagine alterar paisagens no photoshop, modificar o corpo humano ou mesmo embelezar com tatuagens e piercings. Nao há limites para cibearte nem tampouco donos. Se desejar pode reescrever o final de qualquer livro do Paulo Coelho.

Para nós, só com a cibearte é que de fato conhecemos o significado da liberdade de expressão. Antes disso, tínhamos uma concentração de artistas. Alguém que nos dizia o que era arte. A ciberarte lhe proporciona as interfaces, as realidades virtuais, o seu direito de ter outra vida paralela e tudo num espaço onde você pode alterar o seu tempo sem deixar de acompanha-lo. Não podemos deixar de citar, como jornalistas, quão benéfico para informação é esse desenvolvimento tecnológico. Mas não podemos deixar de celebrar para o mundo da arte, a participação da cibercultura!

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