23 de nov. de 2008

Jogos (3)

Grupo: Jogos Eletrônicos - por: Arnaldo Bruno, Ednardo Chagas, Karinne Pavão, Débora Almeida e Louise Martins

LittleBig Planet
por: Rodrigo Guerra

PlayStation 3 Sony Computer Entertainment
Mario e Sonic são duas das maiores estrelas dos videogames. Quando surgiram, se transformaram em ícones pop e seus jogos se tornaram o padrão a ser seguido. Fica difícil, hoje, esperar que algum novo personagem alcance o carisma dessas eternas celebridades virtuais. Por mais improvável que pareça, foi isso que a Sony conseguiu com o simulador LittleBig Planet e seu protagonista, um simpático boneco de pano chamado Sack Boy. Socialização e cérebro são as palavras de ordem: primeiro, é preciso usar uma criatividade para construir cenários jogáveis, utilizando ferramentas de criação intuitivas e descomplicadas. Em seguida, é possível disponibilizar essas fases em um ambiente para outros jogadores experimentarem suas criações. Funciona tal qual um “My Space jogável”, em que os usuários conversam, comentam, criam e interagem. O carisma do Sack Boy, a força da comunidade de LittleBig Planet e sua originalidade dão as pistas: um novo ícone dos games pode estar por nascer.

Fable 2
Por Nelson Alves Jr.

Xbox 360

Vale tudo, mesmo

Se o marquês de sade fosse um produtor de games, é possível que uma de suas obras mais celebradasfosse Fable2. Antes de começar, criei uma personagem para comandar: uma guerreira musculosa e nada feminina. Em menos de uma hora, eu já havia conquistado os corações de três moças – duas bissexuais e uma lésbica assumida. Aliás, de tão libertina, minha heroína resolveu transar com o dono de bar de uma cidade vizinha. Sem camisinha, mesmo ciente do perigo de engravidar ou pegar uma doença. Soa como baixaria? Fique tranqüilo, porque o foco de Fable 2 está justamente na liberdade dada ao jogador: liberdade de ser bom ou mal, gentil ou sádico, herói ou vilão, ninfomaníaco ou abstinente. Sexo é só um dos elementos disponíveis – e é apresentado de forma tão natural, que fica evidente o fato de o jogo ter sido criado por um britânico (no caso, o designer Peter Molyneux). Isso se contar a diversão que é não levar a sério regras e convenções sociais. Se a vida real fosse assim...

Warhammer Online
Por Renato Bueno

PC Eletronic Arts

O começo do caos

A série que marcou jogos de tabuleiro e games de estratégia estréia no universo interminável dos RPGs online para confirmar o clichê do “fim da vida sicial”. Warhammer é mais um daqueles games que exige dedicação (para evoluir um bom personagem) e um certo compromisso (para aproveitar o que ele tem de melhor: grandes missões, batalhas via rede e exploração (de vastos cenários). Mas ele não é só “mais um”. A produção é elogiável, com temática adulta e, como bom RPG online que é, permite pagamento de mensalidades em reais (e nção em dólares). A aventura começa com missões básicas, em ritmo tropeçante, mas logo ganha força. Apesar de se inspirar em elementos de jogos como Age Of Coman e World Of Warcraft, Warhammer apresenta um universo atraente e reforça a promessa de vida longa nas odisséias online.

FIFA 09
Por Renato Viliegas

PS3/ Wii/ X360/ PC

A vida real faz a diferença

Entra ano e sai ano, e o maior clássico do futebol nos videogames ganha novas versões. Neste ano, as novidades de Fifa estão nos modos multiplayer pela rede. Pela primeira vez, o jogo será atualizado semanalmente online, o que significa mudanças nas habilidades dos jogadores, refletindo suas pefiormances na vida real. Se o Ronaldinho jogar mal no fim de semana, por exemplo, seu respectivo personagem no game perderá alguns pontos de desempenho. Além disso, há um novo modo chamado “Fifa 09 Clubs”, no qual é possível criar um clube, assumir uma posição no time e disputar partidas online com até 20 jogadores simultâneos (cada um controlando um jogador). Há também algumas boas melhorias gráficas, principalmente na animação dos jogadores. No Brasil, a versão para PS está localizada para o português e conta com as já tradicionais narrações de Nivaldo Pietro e os comentários de Paulo Vinicius Coelho.

Lego Batman
Por Gustavo Lanzetta

PS3/ PS2/ Wii/ X360/ PC

Mais quadrado que nunca

Os jogos de lego deram o que falar após explorarem os universos das séries Star Wars e Indiana Jones. Agora os inimigos, mortais do Playmobil exploram os quadrinhos, e desta vez com um doa maiores do gênero: Batman. Por mais que O Cavaleiro Das Trevas – o filme - ainda na cabeça de todo mundo, o jogo se baseia mais nas HQs, com uma pesada influência da séris animada de 1992. Você controla versões estilizadas de Batman e Robin enfrenta um imenso número de capangas e vilões famosos, sendo que esses personagens secundários são mais tarde utilizados para explorar os estágios em busca de inúmeros itens (e que adiante rendem recompensas, como veículos, personagens e novos uniformes). Além de preencher o vazio deixado pela ausência de um jogo baseado no filme, Lego Batman oferece a dose de nostalgia ideal para agradar a fãs de todas as eras.

Gears Of War 2
Por Nelson Alves Jr.

Xbox 3060 Mycrosoft

Força Bruta.

Seqüência de Gears Of War é “O Império Contra-Ataca” dos games de tiro

Em uma entrevista recente para promover o lançamento de Gears of War 2, o produtor Clifft Bleszinski define a seqüência como “o meu próprio O Império Contra-Ataca”. A comparação é óbvia: se no primeiro jogo você praticamente extermina os vilões, agora é a hora de receber o troco. O prefácio começa em ritmo alucinante: uma horda das criaturas Locusts avança em direção das poucas cidades humanas ainda de pé. A resistência é ínfima, e o quebra-pau na superfície é intenso e desesperador. Por mais que tente, o jogador sempre estará em menor número contra inimigos cada vez maiores. Os gigantescos Brumaks, para se ter uma idéia, aparecem já nos primeiros minutos. A briga logo avança pra dentro do território inimigo, nas profundezas do planeta, resultando em combates mais sombrios, claustrofóbicos e ameaçadores do que os do primeiro Gears (lançado em 2006). A comparação com o filme de George Lucas, nota-se, não é àtoa. Não se trata somente de um “contra-ataque”, mas de avanços em todos os aspectos imagináveis. A narrativa, o visual, a dublagem em português. Os controles, enfim, tudo em Gears 2 está melhor. Uma obra-prima.

Command & Conquer: Red Alert 3
Por Gustavo Petró

PC Eletronic Arts

Estratégia no mundo bizarro

O enredo é maluco, envolve viagens no tempo e, mesmo sendo estrelado por “estrelas” hollywoodianas (George Takei, Tim Curry), vez ou outra chega a lembrar um filme B: esse é o clima da série de estratégia em tempo real Red Alert, que mostra uma realidade alternativa na qual a União Soviética ainda existe e resiste a uma guerra contra as nações aliadas. Entre os absurdos desta terceira versão, Albert Einstein nem chegou a nascer e o Japão se desenvolveu como uma nação exclusivamente voltada para a guerra (o ‘Império do Sol Nascente”). A novidade na jogabilidade é que todas as fases são voltadas para o modo cooperativo, oferecendo dois esquadrões distintos que podem ser controlados por um amigo via internet ou pelo próprio computador. Apesar de tornar mais difícil a parte estratégica, a divisão de tarefas é das mais bem-vindas. A adição de belas garotas fantasiadas de generais (elas fornecem informações sobre as missões) só contribui para valorizar o fetiche e tornar a experiência mais interessante.

Star Wars: The Force Unleashed
Por Ricardo Farah

PS3/ PS2/ Wii/ X360 Lucas Arts

No lado negro é melhor

Os “projetos multimídia” envolvendo Star Wars costumam ser tão divertidos quanto os filmes. Shadow of the Empire (1996) envolvia um jogo, gibis e outras traquitanas para contar uma trama encaixada entre os episódios 5 e 6. Mas ele não chega aos pés de The Force Unleashed, uma história original, movimentada e – nenhuma surpresa aí – infinitamente superios aos filmes mais recentes da série. Situado entre os episódios 3 e 4, o game revela o aprendiz secreto de Darth Vader, Starkiller, filho de um Jedi morto pelo próprio Lord Sith e treinado nos caminhos negros da Força para, um dia, destronar o Imperador. Aos poucos, ele entra numa trilha de redenção, no que dá origem à Aliança Rebelde – encaixando-se perfeitamente à “mitologia” do cinema. Embora o material em livros e gibis expanda a trama de Unleashed, é o jogo que enche os olhos. Embora fácil e até repetitivo (as fases consistem, com pequenas variações, em eliminar inimigos até o chefe barra-pesada), o game traz um apuro tão absurdo que é inevitável retomar cada fase só para se ater aos detalhes – seja no mundo dos wookies, seja em planteas familiares só para fãs, culminado em uma Estrela da Morte ainda em construção. Momento animal: esfacelar um Star Destroyer imperial na raça. Tome essa, Yoda!


Fonte: Rodrigo Guerra

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