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24 de nov. de 2008

A REALIDADE AUMENTADA, TECNOLOGIA QUE TRANSPORTA O MUNDO VIRTUAL PARA O MUNDO REAL

Grupo: Interatividade Virtual - por: Anna Beatriz Domingos, Bruna Lavor, Elisa, Felipe Moreira, Suzanne e Luciana Araujo

Realidade Aumentada mistura objetos virtuais com o cenário real, produzindo um ambiente único, sobreposto ao ambiente físico disposto na frente do usuário, facilitando a análise e a interação com gráficos e a exploração de aspectos cognitivos, relatados com a compreensão da informação.

A Realidade Misturada, misturando o real com o virtual, abrange duas possibilidades: a Realidade Aumentada, cujo ambiente predominante é o mundo real, e a Virtualidade Aumentada, cujo ambiente predominante é o mundo virtual. Pode-se dizer, então, que a Realidade Aumentada é uma particularização da Realidade Misturada.

Diagrama de realidade/virtualidade contínua

Na realidade aumentada são utilizados um capacete ou óculos especial, cujas lentes são exibidas imagens computadorizadas, ou seja, que exibem gráficos virtuais, dando uma maior dimensão ao olho humano, e já está sendo utilizados de várias formas: em alguns centros cirúrgicos americanos ,os médicos já operam com óculos especiais. Para checar informações dos equipamentos em uso, não precisam olhar para monitores. Eles têm todos os dados em seu campo de visão. Em treinamentos militares, a realidade aumentada pode substituir com vantagens a realidade virtual. Em vez de participar de simulações conduzidas em laboratório, que têm muito mais a ver com videogames do que com o campo de batalha, os soldados podem estar no campo, enxergando representações de inimigos em movimento. O equipamento permite praticar com armas de verdade, atirando em alvos móveis -- ainda que virtuais --, que se comportam de maneira idêntica ao inimigo e são controlados em laptops. O sistema já é usado pelas Forças Armadas americanas.

Em um parque temático francês Parc du Futuroscope vai inaugurar em abril uma atração que leva o nome sugestivo de "O futuro é selvagem". Com óculos personalizados, os visitantes vão participar de um safári peculiar: em vez de leões e hipopótamos, verão dinossauros. Fones de ouvido reproduzirão os sons do ambiente terrestre de milhões de anos atrás. Segundo os organizadores, a experiência tem mais qualidade do que os cenários em terceira dimensão porque permite que os usuários se movimentem entre os animais e tenham diferentes percepções das cenas e dos movimentos. "É quase um show de mágica", disse à revista The Economist Bruno Uzzan, presidente da Total Immersion, empresa que criou a atração, a um custo estimado de 10 milhões de dólares.

Ainda há obstáculos técnicos a superar para que a realidade aumentada esteja presente nas empresas. A fabricante de aviões européia Airbus testou um sistema para a visualização dos ductos que perpassam as aeronaves, mas desistiu do projeto. Além do preço, a questão da mobilidade ainda não tem solução: os usuários devem carregar os computadores consigo para realizar as tarefas. Uma vez superados aspectos importantes como esses, diz o professor Ezequiel Zorzal, da faculdade de computação da Universidade Federal de Uberlândia, a tendência é de aplicação da tecnologia até mesmo nas situações mais comuns. "No futuro, o consumidor poderá ir ao supermercado com alguma espécie de óculos ou capacete e ser informado automaticamente sobre a localização de um produto", diz Zorzal. "Da mesma forma, poderá estar no carro indo a um restaurante e, ao informar ao navegador o seu destino, conseguirá ver a indicação do caminho pintada nas ruas, além de propagandas exibidas de acordo com seu interesse." No que depender da criatividade dos pesquisadores, não haverá limites para a aplicação da realidade aumentada.

Como funciona a realidade aumentada:

A nova tecnologia sobrepõe informações digitais ao mundo real e tem diversas aplicações possíveis. Veja como ela é usada em um projeto piloto da alemã BMW

1 - A montadora alemã BMW criou um projeto piloto para usar os sistemas de realidade aumentada no treino de mecânicos. A idéia é apontar, no próprio motor dos carros, o passo-a-passo do conserto a ser realizado.
2 - Os óculos exibem gráficos virtuais sobre a imagem que o mecânico enxerga. Ela é tridimensional, animada e tem diferentes cores
3 - Além de visualizar as áreas destacadas, os óculos têm fones de ouvido acoplados para que os técnicos recebam as instruções de como proceder.

BIBLIOGRAFIA: REALIDADEAUMENTADA
E A REVISTA EXAME Por Camila Fusco (EDIÇÃO 914-20 DE MARÇO DE 2008)

TÍTULO :
Muito além da realidade | 20.03.2008

23 de nov. de 2008

Body Piercing

Grupo: Ciberarte - por: Raphael Jonhatan, Alan Mota, Felipe, Rubens, Marcel, Kyara e France

A arte do body piercing já existe há mais de 5000 anos. Ela tem vindo a ser usada como expressão pessoal, ritual espiritual, distinção de realeza e, mais recentemente, como moda.

Em termos estéticos ajuda a pessoa a afirmar a sua personalidade e a inseri-la num grupo. Aventure-se nesta arte e saiba tudo sobre o body piercing.

O piercing é uma eleição alternativa, diferente e original. Colocar pequenas argolas, bolas de aço, ou outras jóias em diversas partes do corpo, como expressão de uma moda/estética, uma cultura alternativa e uma forma de viver, é um costume imparável que se estende por um ocidente que assegura viver uma nova cultura permissiva com o corpo.

Tudo começou nas primeiras tribos e clãs das mais antigas raças humanas. Nas tribos da América do sul, África , Indonésia, nas castas religiosas da Índia, nos faraós do Egipto e nos soldados de Roma. Depois, espalhou-se pela classe média e aristocracia do século XVIII e XIX, mas foi esquecida na Europa no princípio do século XX.
Em 1970 cresceu novamente nas mãos dos "gurus" da moda de Londres e artistas do "underground". Em 1990, finalmente atingiu a atenção de todo o planeta fechando o elo entre o primitivo e o moderno. Existe uma longa história sobre o body piercing em rituais de passagens e em significados diversos.

Significados dos Piercings

Em diferentes partes do corpo e do mundo:

Lóbulo da orelha - Este é de longe o piercing mais comum na história. Antigamente distinguia uma pessoa rica de uma pobre. Os marinheiros colocavam piercings acreditando que estes lhes davam melhor visão. Os Romanos associavam o piercing na orelha à riqueza e à luxúria. As tribos Sul-Americanas e Africanas faziam piercings e alargavam o furo...quanto maior o furo, maior era o seu status social.

Nariz - O nostril (aba do nariz) originou-se no oriente médio há 4000 anos. Espalhou-se para a Índia no século XVI, quando foi rapidamente adoptado pelas castas nobres. Cada tipo de jóias distinguia a casta e a posição social. Este piercing foi introduzido no oeste pela cultura “hippie” que viajou pela Índia nos anos 60 e 70, e foi também adoptado rapidamente pelos "Punks", e outras culturas jovens dos anos 80 e 90.

Língua - Nos templos Astecas e Maias, os sacerdotes faziam piercings na língua como parte de um ritual de comunicação com os deuses.

Lábios - A boca e os lábios são partes sensuais do corpo e poderosos afrodisíacos. Era, então, natural que as castas mais altas dos Astecas e Maias adornassem os seus lábios com labutes de puro ouro. Em África, as mulheres da tribo Makolo usam pratos chamados "Pelele" nos seus lábios superiores, para atrair os homens da sua tribo. Tribos indígenas da América Central e do Sul, incluindo os índios brasileiros, fazem piercings nos lábios inferiores e alargam os furos para colocar pratos de madeira.

Mamilos – O piercing no mamilo era considerado símbolo de força e virilidade. Os nativos da América Central faziam piercings nos mamilos como marca de transição da masculinidade. Em 1890 houve uma "coqueluche" de mulheres Vitorianas que faziam piercings nos seus mamilos com jóias vendidas por famosos joalheiros de Paris.

Umbigo - As primeiras aparições de piercings no umbigo vêm do Antigo Egipto onde apenas aos faraós e as famílias reais se permitiam fazer esse tipo de piercings. Hoje, é o piercing mais realizado em todo mundo.

Melhores jogos do mundo!

Grupo: Jogos Eletrônicos - por: Arnaldo Bruno, Ednardo Chagas, Karinne Pavão, Débora Almeida e Louise Martins

A IGN publicou uma lista dos melhores jogos para cada videogame. Você concorda com a lista?

* 3DO: Gex
* Amiga: Lemmings
* Apple IIe/c/c+: Karateka
* Atari 2600: Pac-Man
* Atari 400/800/XL/XE: Pac-Man
* Atari 5200: Pac-Man
* Atari 7800: Pole Position II
* Atari Jaguar: Cybermorph
* Atari Lynx: California Games
* Atari ST: Starglider
* CD-i: Zelda: The Wand of Gamelon
* Colecovision: Donkey Kong
* Commodore 64: Spy vs. Spy
* Commodore VIC-20: Gorf
* Emerson Arcadia 2001: Escape
* Fairchild Channel F: Video Cart #12: Baseball
* GameCube: Super Smash Bros. Melee
* Game & Watch: Mario Bros. (Multi Screen)
* Game.com: Lights Out
* Game Boy: Pokemon Blue
* Game Boy Advance: Golden Sun
* Game Boy Color: Legend of Zelda: Oracle of Ages
* Game Gear: Sonic the Hedgehog 2
* Genesis: Sonic the Hedgehog 2
* Dreamcast: Sonic Adventure
* Intellivision: BurgerTime
* Macintosh: StarCraft
* Microvision: Block Buster
* Neo Geo: Samurai Shodown II
* Master System: Hang On / Safari Hunt
* Neo Geo CD: Samurai Shodown III: Blades of Blood
* Neo Geo Pocket Color: SNK vs. Capcom: Match of the Millennium
* NES: Super Mario Bros. 3
* Nintendo 64: Legend of Zelda: Ocarina of Time
* Nuon: Tempest 3000
* Odyssey2/Videopac: K. C. Munchkin!
* Palm OS: SimCity
* PC: StarCraft
* PC FX: Battle Heat
* PlayStation: Final Fantasy VII
* PlayStation 2: Grand Theft Auto III
* Saturn: NiGHTS into Dreams
* Sega 32X: Doom 32X
* Sega CD: Sonic CD
* Super NES: Super Mario World
* Texas Instruments TI-99/4a: Parsec
* TurboGrafx/Duo: Keith Courage in Alpha Zones
* Vectrex: Berzerk
* Virtual Boy: Mario Tennis
* WonderSwan: Gunpey
* WonderSwan Color: Final Fantasy
* Xbox: Halo

Fonte: IGN

Jogos (3)

Grupo: Jogos Eletrônicos - por: Arnaldo Bruno, Ednardo Chagas, Karinne Pavão, Débora Almeida e Louise Martins

LittleBig Planet
por: Rodrigo Guerra

PlayStation 3 Sony Computer Entertainment
Mario e Sonic são duas das maiores estrelas dos videogames. Quando surgiram, se transformaram em ícones pop e seus jogos se tornaram o padrão a ser seguido. Fica difícil, hoje, esperar que algum novo personagem alcance o carisma dessas eternas celebridades virtuais. Por mais improvável que pareça, foi isso que a Sony conseguiu com o simulador LittleBig Planet e seu protagonista, um simpático boneco de pano chamado Sack Boy. Socialização e cérebro são as palavras de ordem: primeiro, é preciso usar uma criatividade para construir cenários jogáveis, utilizando ferramentas de criação intuitivas e descomplicadas. Em seguida, é possível disponibilizar essas fases em um ambiente para outros jogadores experimentarem suas criações. Funciona tal qual um “My Space jogável”, em que os usuários conversam, comentam, criam e interagem. O carisma do Sack Boy, a força da comunidade de LittleBig Planet e sua originalidade dão as pistas: um novo ícone dos games pode estar por nascer.

Fable 2
Por Nelson Alves Jr.

Xbox 360

Vale tudo, mesmo

Se o marquês de sade fosse um produtor de games, é possível que uma de suas obras mais celebradasfosse Fable2. Antes de começar, criei uma personagem para comandar: uma guerreira musculosa e nada feminina. Em menos de uma hora, eu já havia conquistado os corações de três moças – duas bissexuais e uma lésbica assumida. Aliás, de tão libertina, minha heroína resolveu transar com o dono de bar de uma cidade vizinha. Sem camisinha, mesmo ciente do perigo de engravidar ou pegar uma doença. Soa como baixaria? Fique tranqüilo, porque o foco de Fable 2 está justamente na liberdade dada ao jogador: liberdade de ser bom ou mal, gentil ou sádico, herói ou vilão, ninfomaníaco ou abstinente. Sexo é só um dos elementos disponíveis – e é apresentado de forma tão natural, que fica evidente o fato de o jogo ter sido criado por um britânico (no caso, o designer Peter Molyneux). Isso se contar a diversão que é não levar a sério regras e convenções sociais. Se a vida real fosse assim...

Warhammer Online
Por Renato Bueno

PC Eletronic Arts

O começo do caos

A série que marcou jogos de tabuleiro e games de estratégia estréia no universo interminável dos RPGs online para confirmar o clichê do “fim da vida sicial”. Warhammer é mais um daqueles games que exige dedicação (para evoluir um bom personagem) e um certo compromisso (para aproveitar o que ele tem de melhor: grandes missões, batalhas via rede e exploração (de vastos cenários). Mas ele não é só “mais um”. A produção é elogiável, com temática adulta e, como bom RPG online que é, permite pagamento de mensalidades em reais (e nção em dólares). A aventura começa com missões básicas, em ritmo tropeçante, mas logo ganha força. Apesar de se inspirar em elementos de jogos como Age Of Coman e World Of Warcraft, Warhammer apresenta um universo atraente e reforça a promessa de vida longa nas odisséias online.

FIFA 09
Por Renato Viliegas

PS3/ Wii/ X360/ PC

A vida real faz a diferença

Entra ano e sai ano, e o maior clássico do futebol nos videogames ganha novas versões. Neste ano, as novidades de Fifa estão nos modos multiplayer pela rede. Pela primeira vez, o jogo será atualizado semanalmente online, o que significa mudanças nas habilidades dos jogadores, refletindo suas pefiormances na vida real. Se o Ronaldinho jogar mal no fim de semana, por exemplo, seu respectivo personagem no game perderá alguns pontos de desempenho. Além disso, há um novo modo chamado “Fifa 09 Clubs”, no qual é possível criar um clube, assumir uma posição no time e disputar partidas online com até 20 jogadores simultâneos (cada um controlando um jogador). Há também algumas boas melhorias gráficas, principalmente na animação dos jogadores. No Brasil, a versão para PS está localizada para o português e conta com as já tradicionais narrações de Nivaldo Pietro e os comentários de Paulo Vinicius Coelho.

Lego Batman
Por Gustavo Lanzetta

PS3/ PS2/ Wii/ X360/ PC

Mais quadrado que nunca

Os jogos de lego deram o que falar após explorarem os universos das séries Star Wars e Indiana Jones. Agora os inimigos, mortais do Playmobil exploram os quadrinhos, e desta vez com um doa maiores do gênero: Batman. Por mais que O Cavaleiro Das Trevas – o filme - ainda na cabeça de todo mundo, o jogo se baseia mais nas HQs, com uma pesada influência da séris animada de 1992. Você controla versões estilizadas de Batman e Robin enfrenta um imenso número de capangas e vilões famosos, sendo que esses personagens secundários são mais tarde utilizados para explorar os estágios em busca de inúmeros itens (e que adiante rendem recompensas, como veículos, personagens e novos uniformes). Além de preencher o vazio deixado pela ausência de um jogo baseado no filme, Lego Batman oferece a dose de nostalgia ideal para agradar a fãs de todas as eras.

Gears Of War 2
Por Nelson Alves Jr.

Xbox 3060 Mycrosoft

Força Bruta.

Seqüência de Gears Of War é “O Império Contra-Ataca” dos games de tiro

Em uma entrevista recente para promover o lançamento de Gears of War 2, o produtor Clifft Bleszinski define a seqüência como “o meu próprio O Império Contra-Ataca”. A comparação é óbvia: se no primeiro jogo você praticamente extermina os vilões, agora é a hora de receber o troco. O prefácio começa em ritmo alucinante: uma horda das criaturas Locusts avança em direção das poucas cidades humanas ainda de pé. A resistência é ínfima, e o quebra-pau na superfície é intenso e desesperador. Por mais que tente, o jogador sempre estará em menor número contra inimigos cada vez maiores. Os gigantescos Brumaks, para se ter uma idéia, aparecem já nos primeiros minutos. A briga logo avança pra dentro do território inimigo, nas profundezas do planeta, resultando em combates mais sombrios, claustrofóbicos e ameaçadores do que os do primeiro Gears (lançado em 2006). A comparação com o filme de George Lucas, nota-se, não é àtoa. Não se trata somente de um “contra-ataque”, mas de avanços em todos os aspectos imagináveis. A narrativa, o visual, a dublagem em português. Os controles, enfim, tudo em Gears 2 está melhor. Uma obra-prima.

Command & Conquer: Red Alert 3
Por Gustavo Petró

PC Eletronic Arts

Estratégia no mundo bizarro

O enredo é maluco, envolve viagens no tempo e, mesmo sendo estrelado por “estrelas” hollywoodianas (George Takei, Tim Curry), vez ou outra chega a lembrar um filme B: esse é o clima da série de estratégia em tempo real Red Alert, que mostra uma realidade alternativa na qual a União Soviética ainda existe e resiste a uma guerra contra as nações aliadas. Entre os absurdos desta terceira versão, Albert Einstein nem chegou a nascer e o Japão se desenvolveu como uma nação exclusivamente voltada para a guerra (o ‘Império do Sol Nascente”). A novidade na jogabilidade é que todas as fases são voltadas para o modo cooperativo, oferecendo dois esquadrões distintos que podem ser controlados por um amigo via internet ou pelo próprio computador. Apesar de tornar mais difícil a parte estratégica, a divisão de tarefas é das mais bem-vindas. A adição de belas garotas fantasiadas de generais (elas fornecem informações sobre as missões) só contribui para valorizar o fetiche e tornar a experiência mais interessante.

Star Wars: The Force Unleashed
Por Ricardo Farah

PS3/ PS2/ Wii/ X360 Lucas Arts

No lado negro é melhor

Os “projetos multimídia” envolvendo Star Wars costumam ser tão divertidos quanto os filmes. Shadow of the Empire (1996) envolvia um jogo, gibis e outras traquitanas para contar uma trama encaixada entre os episódios 5 e 6. Mas ele não chega aos pés de The Force Unleashed, uma história original, movimentada e – nenhuma surpresa aí – infinitamente superios aos filmes mais recentes da série. Situado entre os episódios 3 e 4, o game revela o aprendiz secreto de Darth Vader, Starkiller, filho de um Jedi morto pelo próprio Lord Sith e treinado nos caminhos negros da Força para, um dia, destronar o Imperador. Aos poucos, ele entra numa trilha de redenção, no que dá origem à Aliança Rebelde – encaixando-se perfeitamente à “mitologia” do cinema. Embora o material em livros e gibis expanda a trama de Unleashed, é o jogo que enche os olhos. Embora fácil e até repetitivo (as fases consistem, com pequenas variações, em eliminar inimigos até o chefe barra-pesada), o game traz um apuro tão absurdo que é inevitável retomar cada fase só para se ater aos detalhes – seja no mundo dos wookies, seja em planteas familiares só para fãs, culminado em uma Estrela da Morte ainda em construção. Momento animal: esfacelar um Star Destroyer imperial na raça. Tome essa, Yoda!


Fonte: Rodrigo Guerra

Microsoft revela novidades no mundo dos jogos

Grupo: Jogos Eletrônicos - por: Arnaldo Bruno, Ednardo Chagas, Karinne Pavão, Débora Almeida e Louise Martins

Durante a feira X06, realizada anualmente pela Microsoft, para mostrar suas novidades ao público europeu, foram apresentados as armas que a empresa vai usar para cativar as pessoas a utilizarem sua plataform. A primeira novidade foi já na abertura do evento, em que o herói Banjo, do jogo Banjo-Kazooie (da Rare), publicada para Nintentdo 64 apareceu no telão. Desta vez, ele já em um cenário diferente, do seu próximo jogo que será para Xbox 360.



Xbox 360 em números

Chris Lewis subiu ao palco para falar sobre os números do Xbox. Somente na Europa o console já vendeu 1,3 milhões, em um total de 5 milhões de aparelhos no mundo todo o final de junho. Foram anunciados ainda o lançamento até o Natal na Polônia, Hungria, República Tcheca, Eslováquia e África do Sul (Sim, o Brasil não estava na lista).

A sua plataforma online , Xbox Live, conta com 60% dos usuários com Xbox 360 conectados e apenas 10% do Xbox original. Estão disponíveis 1500 conteúdos para download que foram baixados 57 milhões. Apresentado através de um trailer, mostrou novos jogos que estão a caminho: "Doom", "Sensible World of Soccer", "Lumines Live", "Contra", "Ultimate Mortal Kombat 3", "Small Arms", "Gyruss", "Mutant Storm Empires", "Totembal"l, "Defender", "Assault Heroes" e "Heavy Weapons".

Imagens em alta definição

Imagens do Lost Planet

Finalmente Peter Moore, chefe da area de negócios do Xbox afirmou que todos os consoles virão com suporte nativo a resolução 1080p e 160 jogos em alta definição serão lançados até o Natal deste ano. Em seguida o video com imagens de diversos jogos foi apresentado: "Eternal Sonata", "Madden", "FIFA 07", "Forza 2", "Lost Planet", "Lego Star Wars II", "Gears of War", "Crossfire", "The Darkness", "Viva Piñata", "Alan Wake", "Battlestations Midway", "Fable 2", "F.E.A.R.", "Fusion Frenzy 2", "Splinter Cell: Double Agent", "NBA 2K7", "Halo 3", "Tony Hawk's Project 8", "Kane & Lynch", "Tiger Woods", "Dead or Alive Xtreme 2", "WWE SmackDown vs Raw 2", "Crackdown", "Mass Effect", "Winning Eleven Pro Evolution Soccer 2007", "Need for Speed Carbon", "Stranglehold", "Virtua Tennis 3", "Rainbow Six Vegas", "Sonic", "Team Fortress 2" e "Shrek the Third".

Quem esperava o drive externo de HD-DVD para o Xbox 360, poderá pedir para o Natal, mas terá que pagar um preço de 199 euros (ou US$ 177). Os países como , Inglaterra, França, Alemanha e EUA, receberão ainda em Novembro, com o controle remoto e um filme ("King Kong").

E os jogos, como estão?


Imagens do jogo Blue Dragon

Os problemas no Japão parecem estar sendo controlados, depois do lançamento do jogo de RPG, Blue Dragon, assinado por Akira Toriyama (sim, o mesmo criador de Dragon Ball) e Hironobu Sakaguchi (de Final Fantasy). Em que os japoneses tiveram que esperar duas horas para comprar o jogo, segundo o Moore. O jogo sairá nos EUA e Europa em 2007.

Já para os mais aventurados terão que esperar um pouco. O próximo jogo do Grand Theft Auto está previsto apenas para 16 de outubro, mas só do ano que vem. Já foi anunciado também, que a produtora irá disponibilizará dois episódios extras, algums meses depois, exclusivos para o Xbox 360.

Exclusividade da Microsoft

Por conta da esclusividade, o jogo "Tom Clancy's Splinter Cell: Double Agent” será exclusivo para a plataforma do Xbox 360 e Windows (PC). Outros sob exclusividade da Microsoft são: "Bioshock", ", o próximo título da Irrational e 2K Games e "Forza 2"

E os jogos de PC?

Foram apresentados os jogos para a plataforma Windows: "Crysis", "Halo 2", "Company of Heroes", "Alan Wake", "Flight Simulator X", "Age of Conan", "Hellgate: London", "Lego Star Wars II", "Shadowrun", "Zoo Tycoon 2" e "Lord of the Rings Online". Além disso, foi anunciado que a iniciativa Live Anywhere contará com uma boa ajuda diretamente saída da parceria da Microsoft com a Cryptic ("City of Heroes") rendeu um novo jogo: "Marvel Universe Online". Todas as informações mencionadas são do Uol Jogos.

Fonte: forumpcs

ENTREVISTA COM O DJ JÚNIOR ANIMAL

Grupo: Música Eletrônica - por: Amanda, Clara Luna, Marcus Davis, Mariana Sudário, Paulo Antônio, Robson Bonfim

Clara- Tem quanto tempo que você é DJ?

Junior
- Acho que desde 2004, tem uns 4 anos que sou DJ.

C- Como foi a iniciação, a descoberta da música eletrônica para você?

J
- Bom, na verdade, meu conhecimento de música já deve ter uns 20 anos. Fiz meu primeiro curso de violão e piano com 10 anos de idade, aos 15 já tocava em bandinhas de rua, aos 18 anos, tocava em bandas de punk rock. Mas bandas de punk rock de verdade. Não apenas por tocar o punk rock, mas pelo envolvimento com a cena anarco-punk.

Nos comunicávamos com coletivos anarco-punks do México, EUA, do Leste europeu. Então minha formação é bem "underground". Desde o começo era baixista de várias bandas. Sempre eram bandas punks, de hardcore, de hip hop.

Chegamos a gravar discos com algumas dessas bandas, como a Veia Cava e a Benihana, que para quem é do movimento punk rock aqui de Fortaleza, são bandas sempre lembradas.
Mas na primeira vez que freqüentei uma festa de música eletrônica, na verdade, nem me afeiçoei muito a estória. Eu tinha uma certa trava com isso. Não agüentava. Achava que o cara ia lá, mexia nuns botões, e eu pensava: "o que ele (DJ) está fazendo mesmo em termos de música?".
Demorou para eu começar a conseguir absorver a cultura do eletrônico. E essa estória despontou mesmo quando eu escutei pela primeira vez o "Trance".

As festas aqui em Fortaleza eram dominadas por uma cultura "Techno", porque as primeiras pessoas a se envolver com música eletrônica na cidade eram influenciadas por um movimento urbano criado e que estava sendo "reverberado" a partir de cidades americanas como Detroit, Chicago, coisas que o Lobão(DJ Rodrigo Lobão) pode explicar bem melhor posteriormente.

Mas para resumir, a cena era predominantemente Techno por que DJ's como Fil, Lobbao, Arlequim, pessoas que moravam em outras cidades, como Brasília e São Paulo, tiveram mais essa influência "underground" urbana. Nessa época o que dominava por aqui, principalmente, era o Hard Techno. Quando se fala de Techno, tem várias vertentes que eu gosto, como o Acid, mas na época, invariavelmente, era o Hard Techno. Era uma coisa que eu não conseguia dançar e tal. O que acontece é que na primeira vez que eu escutei Trance, pode contar para sua professora, eu estava sob efeito de ácido lisérgico, e isso mudou minha cabeça completamente. Ocorreu um processo de abdução, fui abduzido pela música. E a partir daí comecei a estudar um pouco mais a cultura do Trance, a procurar ler artigos sobre o movimento, descobri que existia um movimento global relacionado a essa cultura e tal. A partir daí, no final do ano, fui ao primeiro festival de Trance da minha vida, em 2003, e realmente me apaixonei por essa cultura. Eu descobri que a cultura do Trance é altamente sincrética, que envolve desde música, dança, interesse em transcendência mental, evolução através da própria contra-cultura que ela exerce, interesse em ecologia, termacultura, em esoterismo, em física quântica. Então eu descobri que tudo era gigantemente sincrético, havia um leque de coisas que ela abordava, então pronto, foi paixão à primeira vista.

Como DJ, na verdade, um belo dia eu fui a São Paulo numa convenção de tatuagem, fui comprar câmeras fotográficas numa rua da cidade que é o "paraíso dos eletrônicos", acabei entrando numa loja que vendia artigos para DJ. Comecei a pesquisar, o cara falou que parcelava e comprei o material.

Cheguei em Fortaleza, comecei de forma auto-didata a brincar com aquilo ali, e pronto, acabei conseguindo mixar. Não sou um DJ altamente técnico, porque nunca fiz um curso de discotecagem, mas me considero um bom DJ por ter conhecimento de como o Trance está fluindo. Não sou um DJ muito técnico mas me considero um bom DJ por ter um bom "feeling". Tudo isso que eu estou lhe contando começou mais ou menos em 2004.

C- E como foi a recepção do público? Como você se sentiu na primeira apresentação, quando tocou uma música e o público levantou os braços?

J- Foi tranquilo. Como já fazia um trabalho com tatuagem, com música, com artes plásticas, eu já era conhecido, então não foi difícil entrar no meio, não senti muita dificuldade.

C- Ser tatuador te ajudou a abrir portas então?

J- Ajudou, porque meu nome já estava espalhado pela cidade, então não foi difícil para mim no começo. Não é uma atividade muito fácil, não, mas eu já tinha envolvimento com música, então foi natural.

C- Seu estilo é o Trance, certo? Então, em que você acha que o Trance é mais diferente dos outros estilos, como por exemplo, Techno, Electro?

J- O que aconteceu, especificamente com o Trance, foi... Vou falar um pouco da história do Trance para poder explicar.

O Trance é herdeiro da cultura hippie, que por sua vez é herdeiro da cultura beatneak, e por aí vai. O que aconteceu foi que, mais ou menos na década de 60, o movimento hippie se encontrou meio que "sem chão", meio que na beira de um abismo. O capitalismo tinha conseguido transformar o movimento hippie num produto de consumo. O capitalismo tinha conseguido colocar o movimento hippie na vitrine. Aquela estória de paz e amor já não fazia mais muito efeito, a guerra do Vietnã já havia acabado, a guerra fria continuava crescendo, o ácido lisérgico tinha sido proibido em 1975 no EUA e depois no resto do mundo... Então no final da década de 70 os hippies começaram a dizer "e aí, o que a gente faz como processo contra-cultural?". Resolveram abandonar os EUA. Muitos desses hippies procuraram lugares no mundo onde eles pudesssem exercer a forma livre de ser, onde eles pudessem celebrar da forma como eles queriam celebrar... O ácido lisérgico, por exemplo, ainda não era proibido na Índia, então muita gente acabou se mandando para lá, especificamente para um balneário chamado Goa, ao sul da Índia. Vários hippies foram para lá, criaram comunidades alternativas. Moravam de forma auto sustentável, da forma como eles pregavam, e continuaram celebrando como era o estilo deles, de fazer festas-- primeiro com o rock 'n roll elétrico, a la Jimi Hendrix. Mas como a tecnologia começou a dar suporte em relação a sintetizadores com placas externas, eles começaram a mexer no som e começaram a surgir as primeiras batidas do Trance, que não nasceu especificamente na Índia. Existia também, paralelamente, um Trance europeu, que era um Trance mais de centros urbanos, tocado mais em boates. E o que acontecia com o Trance? Lá em Goa, era uma música também voltada para a transcendência mental, era também tocada ao ar livre, que as pessoas se vestiam de outra forma, diferente dos grandes centros urbanos europeus. Começaram a misturar com o hinduísmo, praticar yoga... Então o que aconteceu com aquele nicho do Trance em Goa, que depois foi chamado de Goa Trance, pois era diferente do Trance europeu, foi justamente a mistura dessa busca que o movimento hippie tinha com toda a cultura indiana. Aí misturou hinduísmo, misturou com liberdade de vestir, misturou com a questão de uma procura a respeito da mãe-terra. Aí foi onde surgiu essa diferenciação entre o Goa Trance e o Trance europeu, e a partir do Goa Trance começaram a inserir elementos psicodélicos nas músicas (psicodelia sempre esteve muito ligada a questão do uso do ácido lisérgico na cultura hippie). Foi daí do Goa Trance que nasceu o Psy Trance. Então a grande diferença entre o Psy Trance e todas as outras vertentes é que as elas são muito urbanas. Têm uma cultura também, lógico, e uma cultura que tem que ser respeitada, por ser gigante também. Então são culturas underground, de zonas urbanas.

O Trance não, nasceu numa cultura de zona rural, das festas não serem dentro de lugares fechados... A grande diferença entre eles é uma diferença histórica mesmo, de contexto, de como cada um desses movimentos acabou sendo criado.

C- Você é produtor de música eletrônica também não é?

J- Há pouco tempo. Há cerca de 1 ano e meio eu comecei a estudar os primeiros programas que seqüenciam. É uma luta árdua.

C- Quero saber como é o processo de produção, o que precisa, quais são os aparelhos ?

J
- Bom, primeiro a gente precisa de um desses programas recentemente lançados de seqüenciamento musical. Esses programas são enormes, um banco de dados e com programações internas gigantescas.

Primeiro que isso exige um grande processador, não é qualquer computador que vai conseguir rodar um programa desses. Na verdade, esses programas existem dos mais simples, comparados a uma chave de fenda, até os mais modernos, como ferramentas de precisão. Esses mais pesados precisam de processadores que possam rodá-lo, e principalmente placas de áudio externas que têm de ser compradas por fora, porque nem o melhor computador vendido acompanha uma placa de áudio adequada de suporte ao programa em tempo real. Além disso tudo, invariavelmente é preciso monitores de áudio. Monitores são caixas de som de alta resolução de freqüência. Nessas caixas de som são ouvidas freqüências que caixas convencionais não são capazes de captar. Por isso o nome é monitor, porque a partir dali você vai fazer o monitoramento daquilo que está criando, para saber se é realmente aquilo que você quer fazer. E você pode se utilizar de muitas outras coisas que foram criadas, como "groovebox", baterias eletrônicas (hoje em dia há baterias eletrônicas nas quais podem ser armazenados "samples"), sintetizadores que são coisa de outro mundo.. Então tudo isso aí pode ser usado para produzir um som de qualidade.

C- Além de produzir festas, vocês criaram a pouco tempo um site que tem muitas informações tanto sobre música, como sobre cultura... Eu gostaria que vocâ falasse um pouco sobre o site e o núcleo (Nu-Act).

J
- O Nu-Act (Núcleo de Arte e Cultura Transcendental) surgiu a mais ou menos 3 anos, de forma natural, a partir de um grupo de pessoas de Fortaleza, de vários segmentos de atividades diferentes, desde de gente que fazia performance artística, a pessoas que trabalhavam com tatuagem, artes plásticas, fotógrafos, coreógrafos, decoradores, web designers, gente que trabalhava com marketing, educadores físicos, gente que não tinha nada a ver com a estória mas se identificava com a cultura... Um pequeno nicho de pessoas aqui de Fortaleza que acabou até me conhecendo nesses festivais de Trance. Você está lá na pista e alguém fala "Você é de Fortaleza, não é?", "sou. e aí, beleza?". E um pequeno grupo naturalmente foi começando a se aproximar, que era o grupo aqui de Fortaleza que mais visitava festivais de Trance no Brasil. Hoje em dia esse grupo visita festivais no mundo inteiro, então o pessoal começou a se juntar e falou "Vamos fazer festas psicodélicas aqui em Fortaleza? Festas com conceito? Buscando trazer para dentro da festa tudo aquilo que a gente vê nos festivais? Vamos." Então foi aí que surgiu o Nu-Act. A partir daí que a gente resolveu se organizar, começar a fazer festas, criamos esse nome, criamos o núcleo, começamos a fazer algumas festas, não fazemos festas comerciais... Claro que em nenhuma das nossas festas a gente quer perder dinheiro, a gente quer ganhar dinheiro.

C- Até porque demora entre uma festa e outra...

J
- Essa é justamente a prova de que elas não são comerciais. Se elas fossem comerciais a gente faria um calendário anual, e isso não existe. Na verdade eu costumo dizer que as festas “vêm”, a gente senta e diz “está na hora de fazer uma festa”. Sempre aconteceu assim. É a quarta festa nossa, em 3 anos de núcleo. Então, falando em núcleo, ele passou a existir no intuito de a gente gerar, irradiar, absorver, informação sobre essa cultura, gerar pontes entre as pessoas aqui do estado e do resto do mundo que estivessem interessados a disseminar a real cultura do “psycodelic global Trance”, do conceito primordial desse movimento.

Nós, no começo, fizemos um site, que não funcionou muito bem, porque, na verdade, nesse monte de gente que eu falei que tinha criado o Nu-Act não tinha um “cara meio multimídia” que nos pudesse dar um suporte ao site. Ultimamente muita gente começou a absorver essa informação que a gente está irradiando.

Então, acabaram se aproximando do Nu-Act muita gente interessante, entre elas, muita gente de multimídia, programadores, web designers... Então aí vai entrar o Toni Mazzoti, que é um cara que tem um conhecimento enorme da cena Techno de Fortaleza. Também o pessoal do Mind Paradise, que é uma garotada nova que começou a produzir música eletrônica dentro de casa, mas aí se infurnou em casa no último ano, e ninguém conseguia encontrar nenhum dos três em lugar nenhum. Eles estão lá, “amarelos”, sem sair de casa, só no estúdio, não tomam nem sol... Então os caras conseguiram em um nível de produção muito grande. Esse monte de gente começou a se agregar ao Nu-Act, e aí surgiu esse site, que, particularmente, estou “de cara”, abismado, sempre vejo coisa nova diariamente, que não fui eu que postei. Está muito dinâmico.Nós estamos conseguindo gerar informação por nós mesmos. A partir do site estamos conseguindo estreitar laços com os outros irradiadores de informação do Trance de outros sites nacionais.

A produção do nosso grupo está crescendo muito, está saindo uma música nova quase toda semana. A coisa está magnífica, sabe? A gente tem mil outros projetos, cartas na manga, de produção de documentários, aí começou a entrar gente que faz vídeo.
No último ano o Nu-Act agregou muita gente com esse magnetismo que a gente começou a fazer despertar em muitos que não tinham nada a ver com o Trance.

No ano que vem a gente vem com muita novidade, como documentários e coisas que eu nem posso falar ainda, porquê são idéias que ainda estão no plano da imaginação, então é melhor não soltá-las porque ainda são idéias muito frágeis.

C- Essa febre do Trance, aqui no nosso estado, pelo menos, começou há pouquíssimo tempo. (Antes haviam festas de Techno e Hard Techno). As festas de Trance têm sido cada vez mais freqüentes e mais bem-estruturadas, o público está deixando de ir a festas tradicionais do estado, que sem dúvida continuam sendo os forrós e shows. As festas de música eletrônica têm conseguido competir com as festas que estávamos acostumados a ter por aqui. Trance virou moda. A Entrance veio para mostrar um conceito, garantindo o som e também inserções artísticas, com bailarinas, pirofagia, decoração inovadora. Então, você, como profissional, o que acha dessa massificação, da popularização das raves no meio de pessoas que na verdade não gostam de música eletrônica mas que as freqüentam por estarem na moda?

J
- Eu acho isso aí uma faca de dois gumes. Primeiro porque quando a coisa começa a massificar ela vai perdendo a essência primordial dela. Então quando uma festa começa a ficar grande demais, concomitantemente ela vai ficando comercial demais. O perigo dessa grande massificação, que é um dos gumes dessa faca, é a questão de que, quando, do nada, uma grande massa começa a freqüentar sem ter o menor conhecimento, principalmente quando esses produtores não dão o suporte do conceito dentro da festa, essas pessoas (os novos freqüentadores) começam a perder o sentido daquilo ali, então a festa vai ser puro “oba-oba”; lógico que festa é diversão, a celebração tem que existir, o ser humano não pode parar de celebrar. Mas quando a coisa fica dessa forma, a gente começa a ter o puro hedonismo, as pessoas vão para festa usar drogas por puro hedonismo, sabe? Então essa é uma parte muito ruim da história e ai é que a mídia, a imprensa, os colegas de vocês, infelizmente como a grande maioria ainda trabalha para o capital, ainda trabalha para o paradigma existente (cartesiano, newtoniano e mecanicista) não vá embora agora. Infelizmente o pessoal vai sempre pegar nessa história da droga, e o que acontece com as raves, e é nessas raves q teve esse grande “boom”.

Na verdade, quando você vai num festival de trance, não se vê o pessoal caindo por causa do uso de drogas. Parece que o pessoal tem uma consciência a mais na utilização das drogas. Parece que o uso da droga começa a entrar numa área de que a pessoa tem um porquê daquilo ali. Porque as pessoas usam drogas? Eu poderia te dar mil motivos, tem a religiosidade. A gente sabe que existem religiões aqui no Brasil autorizadas a usar a Ayuhasca, que é um chá. O que acontece nas raves é que a gente não consegue ver o real conceito do movimento trance, que a gente vê nos festivais. A mídia vai sempre pegar pra esse lado, porque infelizmente nós somos a “bruxa da vez” , pois estamos despertando e quanto mais de nós despertar mais é perigoso para eles. Não é interessante para eles que a gente propague cultura, principalmente contra-cultura. O outro lado,o outro gume da faca é que com o crescimento do trance algumas dessas pessoas que começam nas raves acaba tomando consciência e entrando nesse movimento e isso cada vez mais está gerando uma rede global de pessoas que através dessas tecnologias de comunicação e Internet, estão realmente criando uma rede de amizades que está trocando informação, conhecimento sobre tecnologias que serão úteis num futuro próximo pra que se por um acaso a gente tiver um colapso a gente vai ter entendimento desde sobre um fogão solar, até Permacultura e por ai vai. Então a quantidade de conhecimento que essa cultura está conseguindo absorver e dividir isso é gigantesca. Esse é o lado bom do grande “boom” da história. Porque queiram eles nos reprimirem ou não o “boom” vai continuar acontecendo. O grande problema da questão das drogas é um problema que acompanha a raça humana desde o seu princípio, desde que o homem é homem ele usa drogas. Quando se fala de drogas, essa palavra tem um cunho pejorativo, mas quando eu estou falando de drogas eu estou falando no sentido farmacológico. Desde o Voltaren que meu pai toma todas as noites para dormir, até a Cannabis, a erva que o pessoal consome,o ácido lisérgico, o álcool e o cigarro, todos são drogas. Ai se ouve “ah!mas essas drogas são proibidas” tudo bem, o álcool também já foi. O maior traficante do mundo já registrado até hoje, maior do que o Pablo Escobar, maior do que o Abadias, foi o Alcapone, e ele era traficante de álcool. Houve a Lei Seca nos EUA onde foi proibido o uso do álcool. Depois os EUA se tocaram que era melhor liberar o álcool, cobrar uma taxa sobre o produto, proibir que as pessoas dirigissem embreagadas, mas hoje em dia se sabe que o álcool é muito mais prejudicial do que por exemplo, o ácido lisérgico, que por sinal era liberado nos EUA quando o álcool era proibido , e em 1965 o ácido lisérgico foi proibido. Então essa história de ser legal ou não pode mudar daqui a 5 anos, porque existe um movimento de legalização do LSD.

Muitos psicanalistas e cientistas sabem da grande contribuição que essas substâncias podem dar para o ser humano em termos de expansão mental, em termos de abrir a rede neural. Na verdade, o ser humano tem um cérebro que ele utiliza de 10 a 11%, então há lugares do cérebro humano onde nunca um impulso nervoso passou por ali, que a gente não sabe nem que potencial aquele lugar do cérebro pode nos dar, e o ácido lisérgico faz com que a gente entre em contato com o nosso inconsciente, ele faz com que a gente ative redes neurais que nunca foram utilizadas, mas ele também pode ser muito perigoso. Não é qualquer pessoa que pode tomar o LDS.

Eu acho que era pra ser liberado, sob uso acompanhado pelos médicos, sob uso controlado. Quando se fala de drogas, para mim a grande questão é: o abuso de drogas é decorrente do vazio em que a raça humana se encontra hoje em dia e, nesse meio vão drogas ilícitas e lícitas.

O cara passar a semana inteira pegando o metrô às 5h da manhã, para passar o dia inteiro trabalhando e chega a noite ele não consegue nem dar um beijo no filho, pois já está dormindo, então uma pessoa que vive assim, no domingo vai se atolar na cachaça, chegar em casa depois revoltado, bater na mulher.

O cara tem outras coisas para usar: o ácido lisérgico, ecstasy, maconha, álcool, cigarro.Para mim o grande problema da droga não é a droga, o grande problema é o próprio vazio em que o ser humano se encontra hoje em dia. Ele acaba buscando na droga uma fuga para tudo isso ai. Infelizmente a mídia vai sempre focar na questão da droga porque hoje em dia o ácido lisérgico, o ecstasy, a maconha, são proibidos.

C- Há muitos menores de idade freqüentando as raves, muitas vezes escondido dos pais. As vezes apresentam documentação falsificada na entrada das festas, as vezes a produção é coninvente e deixa passar. Quais os cuidados que vocês tem com a entrada de menores de idade nas suas festas?

J
- Eu acho que o ambiente de uma festa como essa, não é muito interessante para um menor de idade, agora essa questão de menor de idade complica porque tem muito menor de 16 com muito mais cabeça do que adulto de 21 anos. Mas como a questão legal coloca o menor como sendo de 18 anos pra baixo, a gente não acha interessante que freqüentem as nossas festas, apesar de sabermos que há muito desses menores que mereceriam estar lá, absorver essa cultura, mas infelizmente, a gente não pode se responsabilizar por eles. A gente prefere fazer festa para adultos, pois cada um fica responsável por si. Nas nossas festas a gente inibe a questão do tráfico. A gente faz revista, os nossos seguranças são orientados a coibir o tráfico dentro da festa. Mas a gente prefere fazer a Entrance para adultos. Lembrando que no nosso evento tem a presença de ambulância para qualquer acidente que vier a acontecer.

C- Você já viajou pelo país e pela Europa para participar de festivais de música eletrônica. Conte para nós como é a viagem, as expectativas, os lugares onde ocorrem esses festivais, que devem ser gigantescos, com 15 mil, 20 mil pessoas, com raças diferentes, cor do cabelo, idioma, tudo totalmente diferente da nossa realidade. Como é lidar com toda essa diferença e o que você traz para Fortaleza?

J
- A gente traz um monte de coisas, sabe? Primeiro que pela lei natural dos encontros a gente deixa e recebe lições, e quando esses encontros são com pessoas do mundo inteiro, gente ligada a vários nichos dessa cultura, há vários aspectos dessa cultura. Essa é uma riqueza infindável. Você falou em 15 mil pessoas, mas o último festival que eu fui agora nesse ano teve 35 mil pessoas e 15 mil pessoas não puderam entrar porque os organizadores acharam que a estrutura que eles tinham preparado comportava somente 35 mil pessoas. Lá é um lugar que você chega e você recebe um livrinho que fala toda a programação das 5 ou 6 pistas de música que tem; que não é só música eletrônica, mas envolve uma pista principal de trance,uma pista secundária com outros estilos de música eletrônica, uma pista que via desde bandas de rock n´roll a bandas de percursão, a bandas de folclore de Portugal, da Alemanha, outra pista com som ambiente, para quem quer só relaxar, então você recebe um livrinho com toda programação dessas pistas, a programação de todos os outros espaços do festival. Tem espaços relacionados a saúde, onde se vai lá só pra ter palestras sobre alongamento, alimentação vegetariana, ginástica natural, outro relacionado as artes plásticas. Nesse mesmo livrinho você vê a programação de palestras de artistas, pintores da artes visionárias, inclusive a própria exposição desse artista, workshops sobre pintura minimalista. Lá mais na frente você encontra o espaço multimídia que a programação vai ter durante o dia inteiro execução de filmes de arte, de documentários sobre física quântica, exoterismo, ufologia, e no outro você já vê um palco montado com peças de teatro o dia inteiro. Você abre o livro vamos dizer as 11h “o que que eu vou fazer agora?” ai você não sabe o que fazer, porque no mesmo horário tem um Dj que você queria ver, uma palestra, um workshop, uma exposição. Tudo isso acontece no BOOM festival, em Portugal, um dos maiores festivais do mundo, quer dizer do mundo eu não posso dizer, pois nunca fui num festival na Ásia, nem nos EUA. Mas o que falam é isso, que é o maior do mundo. O festival é grandioso! Então quando você vai num festival você sente uma energia louca. A primeira vez que eu fui no BOOM eu me lembro que acabei de entrar, montei minha barraca e fui dar uma volta na fazenda que são quilômetros, as vezes se você andar de um lugar pra outro você anda 2 km,ai você nem vai porque tem que andar tanto. É uma cidade, com hospital, ambulatório, uma rádio(se você levar um radinho de pilha e sintonizar na 103 você escuta “a entrevista com o Dj tal, que vai tocar em tal hora da noite”, “os banheiros da área tal estão interditados ´por isso´ ”. Todo dia também tem um jornal que você vai lá na administração e pega, que tem entrevistas, as notícias do festival. Então é uma coisa muito doida. Não sei como eles conseguem. São milhares de pessoas trabalhando, milhares. Quando você chega no festival e vai conhecer o lugar, são muitas pessoas e ninguém fala a mesma língua. Ai você cruza com uma pessoa que passa por você e faz assim: “BOOM!!!” e passa outra e faz “BOOM!!” ai chega uma hora que você está fazendo a mesma brincadeira. É incrível! Não tenho nem como explicar isso aí.

C- Então você carrega todos esses conhecimentos que você recebe nesses festivais, nas tuas pesquisas pra tua festa, a Entrance, para que o público veja coisas sempre diferentes...

J
- Eu carrego não só para a festa, mas também para a minha vida. Hoje em dia a gente se preocupa cada vez mais em estudar permacultura para podermos cada vez mais adequar a forma como a gente produz e consome, a forma como a gente trata o lixo, que não vou nem chamar de lixo, porque a gente trata os resíduos que a gente consome. Então além da permacultura, a gente estuda o calendário Maia. Por ai vai. Então não só na festa, mas também na minha vida diária eu procuro por em prática o que eu consigo absorver dentro do “psycodelic global Trance”.

ENTREVISTA COM DJ RODRIGO LOBBÃO

Grupo: Música Eletrônica - por: Amanda, Clara Luna, Marcus Davis, Mariana Sudário, Paulo Antônio, Robson Bonfim

Clara- Nós sabemos que a música eletrônica é uma música contemporânea; que muitos ainda não tiveram acesso para ouvir, ou se ouviram, foi muito pouco, e sempre o que passa na mídia de massa. A e-mucic se alastrou pelo mundo com a disseminação do uso de novas tecnologias. Daí inclusive vem o nome TECHNO(technology). Como foi que aconteceu o surgimento da música eletrônica?

Rodrigo Lobbão- Na verdade é o seguinte: A gente não pode pensar em música eletrônica como uma coisa muito nova, porque nova mesmo ela não é. Existem pessoas nesse século e mesmo na metade do século passado, que já trabalhavam com experimentações de eletroacústica. Na década de 50 teve o Stockin Housen, que era um alemão, que foi o grande gênio dessa história. Ele trabalhava a questão da música eletroacústica, mas de uma forma bem experimental, mais acadêmica, mais de universidade, onde ele era técnico. Foi ele que influenciou outras pessoas com essa nova experimentação. E o que ele fazia? Ele gerava sons que não eram elétricos, eram sons da natureza e ele sintetizava tudo isso, os sons que já existiam, mas fazia de uma forma diferente. Mas tudo experimentalmente falando. Ele trabalhava de uma forma mais acadêmica, não era nada comercial. A música eletrônica só foi se tornar “pop” (eu digo “pop”, a partir de quando foi colocada a venda para as pessoas), quando Kraftwerk apareceu. Assim como os Beatles estavam pro rock, Kraftwerk estava para a música eletrônica. Foi ele um dos grandes pais da música eletrônica. Na verdade eram quatro jovens alemães, que eram alunos do Stockin Housen. Eles tinham uma cultura bem engraçada, que nas capas dos discos deles, eles se fingiam de robôs, nas entrevistas deles,falavam como robôs. Eles tinham todo um conceito em cima disso. E o som deles era um som bastante eletrônico. Tanto é que na época, os músicos falavam que aquela era uma música morta, a música sem ser música. Para um músico erudito, clássico, para ele ali não era música, não era tocado, não existia um instrumento palpável pra se tocar aquilo ali. E o Kraftwerk realmente foi um dos caras que mostraram aquela música, que levaram pro mundo “pop”. Ele influenciou um monte de jovens pelo mundo, não só na Europa, mas também nos Estados Unidos, os jovens dos países mais desenvolvidos na época. Foi ai que surgiram as mais variadas vertentes que nós conhecemos hoje. A gente também não pode negar que a música eletrônica também teve raízes em músicas não eletrônicas, ou seja o Soul, a Funk music americana, a Funk que eu falo é tipo o James Bromw, até no reggea mesmo, o rock pisicodélico, como Pink Floid por exemplo, dentre outras várias bandas de rock psicodélico que a gente conhece. A música eletrônica também bebeu da fonte da música não eletrônica, para se construir isso que a gente vê hoje. A Disco music também foi um grande marco para a gente saber que a música eletrônica também é uma coisa dançante. Foi dai que a coisa se misturou mais. Então esses caras influenciaram varias ramificações, do Hip Hop ao Techno. Sobre o termo Techno ter vindo de técnico, isso ai já veio mais tarde com os garotos lá em Detroit que foi onde realmente o Techno nasceu, influenciado justamente por um livro chamado “ A terceira onda”, que agora eu não me lembro bem o nome do autor. Esse livro fala até de uma forma meio catastrófica do mundo futurista. E esses jovens estavam desanimados porque em Detroit, isso na década de 80 nos EUA, eles estavam sofrendo uma reviravolta muito grande na industrialização, porque Detroit foi uma das cidades onde as indústrias automobilísticas chegaram com muita força, e pegou todos os jovens que trabalhavam nessas indústrias comuns e botaram para fora. Ai vieram as máquinas, os computadores, aqueles robôs gigantes para fazer os carros. E sofreram muito com isso e eles quiseram mostrar na música aquele problema, a atual conjuntura que eles viviam. Então o termo TECHNO veio justamente desse livro,onde o termo technology, techno e usaram para se criar uma música que tinha influencias da House, de Chicago e Nova Iorque onde o House tinha nascido. Mas eles queriam fazer uma música com uma linha mais futurista digamos assim, com uma questão mais melancólica. O Techno surgiu assim melancólico que demonstravam um pouco o que eles estavam vivendo.Então o Techno surgiu daí. Tem outras fontes que dizem que o termo Techno nasceu na Europa só que de uma forma diferente,porque na época existiam banda de EBM que quer dizer Eletronic Body Music, que foram as primeiras bandas eletrônicas que surgiram na Europa, e essas bandas também eram chamadas de Tecno(sem o H).

C- O Pierre Levi fala Tecno sem o H, fala música tecno...

R- Música tecno, pois é. Na Europa se falava isso com essas bandas, que começaram a misturar sintetizadores com bases eletrônicas, e falavam de “tecno-pop”, “tecno-music” não só o EBM. O pessoal no começo da década de 80 veio a chamar por esse nome. O próprio Kraftwerk era chamado de Prototecno(protótipo). A gente tem várias fontes de pesquisa, mas o Techno que a gente conhece hoje em dia, o estilo Techno veio realmente de Detroit e o termo Techno foi tirado desse livro. Os garotos que eu citei aqui são “titios” talvez até avós que foram o Kevin Saunderson, Derrick May, Juan Atkins. Essa trinca foram realmente os caras que inventaram o techno.

C- Quais são os mecanismos utilizados? Quais são os instrumentos? Como é a formação dessa música? Os sons já são pré-estabelecidos? O que o produtor musical realmente faz? Os sons já são feitos nos programas de produção musical? Isso geraria uma nova música em algo que já existia...Esse é o “barato” de se fazer a e-music?

R
-Então eu tenho que te explicar toda uma história. Há 30 anos atrás, não existiam computadores como a gente conhece hoje, eles eram enormes e não eram usados para esse fim de produção musical.O que existia na época eram máquinas, baterias eletrônicas, os primeiros sintetizadores, como o Moog, que até o Black Sabbath usou, bandas de rock usavam. Na verdade existia uma evolução histórica de equipamentos né? Na década de 20 foram as primeiras experimentações com fita magnética, a fita K7, que hoje em dia já virou uma coisa de museu. A gente tem que ver essa evolução dos equipamentos. Com certeza na década de 70, os primeiros grupos fizeram as primeiras experimentações com o Magno*, ou seja baterias eletrônicas, muitas delas criadas por eles, que muitos eram técnicos de som e eles criavam os sons dessas baterias eletrônicas, faziam vários tipos de circuitos na placa para sair o som “X”.. “ah!esse som eu gostei..” Depois de um tempo foi que a indústria viu que tinha mercado para isso e começaram a investir em máquinas próprias para se produzir música; não somente para música eletrônica, várias bandas usavam isso. Ai os primeiros Djs da década de 80 começaram a ver que poderiam explorar esse lado ai das máquinas,se tirar um pouco do lado da acústica e meter mais o lado eletrônico. E ai sim, eles usavam máquinas, baterias eletrônicas, sintetizadores, uma série de coisas que hoje pouco se usa. Com a evolução dos equipamentos e da informática começaram a aparecer os softwares, que hoje são as grandes ferramentas de vários produtores. É uma facilidade muito grande, pois você leva um lap-top desses aqui, uma controladora MIDI e você tem várias oportunidades. Hoje existem vários tipos de softwares, e mini programas e aplicativos que você pode adicionar outro software e fazer suas criações. Hoje a coisa está muito fácil assim, porque antigamente você era muito limitado. Hoje é ilimitado. Os primeiros produtores de House, de techno, eles tinham pouca coisa, e era uma coisa muito “roots” na época. Ai você perguntou ai sobre a questão de ser legal ver as coisas já pré-definidas dos softwares, as bases etc. Eu acho legal o seguinte, é minha opinião: hoje você tem a facilidade de pegar “loops” ,tem muita gente trabalhando com eles, já pré produzidos. Tem um cara que faz um e bota na rede, vem outro e pega tudo e faz a música. Ai se cria uma polêmica muito grande. A música eletrônica é uma coisa comunitária, é antropofágica, “come” uma a outra, então você pode usar o “sample” de uma banda, de um grupo,de um forró e jogar no programa, mudar, botar efeito, e é essa anarquia que eu acho mais legal. A música eletrônica tem muito disso. E isso eu acho muito bacana; o que eu não acho legal é o cara pegar uma coisa pré-definida já, e só juntar e dizer que fez um som. Aí não. Montar pra mim não é uma produção. Acho legal o cara criar, montar a sua “sound bank”, o seu banco de som, fazer as batidas do seu jeito, sequenciar do meu jeito, fazer os meus “loops”, isso é legal. Os programas, quer queira ou não seguem um padrão, uma interface, onde você pode utilizar o processo de produção. É uma coisa que não dá muito pra gente “tampar o sol com a peneira” o programa está lá, ele te dar as bases, se você quiser usar de um jeito ou de outro, é muito livre! Eu só não gosto muito da idéia de você fazer uma coisa pré-feita já, e só fazer desse jeito. Eu acho que assim você se limita muito no processo de criação. Eu acho bacana você produzir mesmo, sintetizar, mudar, trocar,sempre diferente.

C- Estamos no final de 2008. Quais são as novidades tecnológicas que estão aparecendo hoje em dia?

R
- Eu sou um dos maiores defensores da arte de discotecar. Tem gente que não acha que é arte, tem gente que acha que é. Hoje mudou muita coisa. Hoje eu sou um defensor da forma antiga de se tocar, também principalmente hoje em dia defendo a discotecagem digital. O que mudou muito hoje com o Dj foi que antigamente (há 20 anos atrás) o Dj tinha um mixer e dois toca-discos. Se você tivesse o “pitch” já estava bom demais. Estou falando da década de 80, onde o Dj pegava um disco e colocava outro, uns nem mixavam, outros já mixavam. É legal também falar das três escolas da discotecagem para a gente entender essa evolução do Dj: a do Hip-hop, onde o Dj é a própria banda, a própria orquestra, enquanto o cantor fazia as rimas no vocal, o Dj estava pegando os discos, fazendo os “scratch”, montando as bases, mudando de base para base. O Dj do Hip-hop tem aquela coisa assim muito performática, de usar o toca-disco como instrumento musical. A outra escola que eu queria falar é a Disco Music, que é a escola das mixagens que a gente conhece, das músicas ininterruptas. E a terceira escola é a do Sound System jamaicano, onde os DJ’s, na Jamaica, não eram chamados DJ’s, e sim, Selectar. Então esses caras montavam o sound system com várias caixas, aí montavam uma “pilhada” de caixas malucas, botavam dois toca-discos e um mixer, e ficavam cantando reggae. Foi daí onde surgiu o Movimento do Reggae Roots. Essas três escolas foram as que influenciaram o que é o DJ hoje. Só que muita coisa evoluiu, no começo da década de 90, começaram a aparecer os CD’s com pitch, que são os CD players que conhecemos como “CDJ” ou “Denon”, que foi o primeiro CD player que existiu. O CD estava crescendo no mercado, enquanto os Vinis já não eram comercialmente viáveis. Existia também a questão mais prática, de poder se levar só um Cd, tem o preço também,mas muita gente que ainda não tinha vontade de tocar com Cd, o vinil durou e ainda dura muito tempo. A questão é que hoje em dia, século XXI muitos Dj´s usam laptop, softwares onde você pode mixar e construir a música ao vivo, a coisa está muito livre! Eu sou um dos poucos defensores do vinil e agora defensor das novas tecnologias e a maneira que eu encontrei para poder tocar foi com simuladores de vinil que hoje também está se tornando uma febre, uma coisa crescente no mundo dos Dj´s, porque hoje você vê que o vinil é caro para a gente, tem que comprar fora, quem mora lá fora nem tanto, mas a gente aqui sofre. Existem softwares que simulam o vinil; você coloca o vinil lá, bota a agulha, no vinil não tem nada gravado, o que está gravado está no laptop.Existem vários no mercado. Tem o Serato, o Traktor, o Torq, tem vários, mas esses três são os mais usados no mercado. Então sobre a questão de discotecagem hoje, foi-se o tempo em que se dizia “Dj que é Dj toca em vinil” Eu não sou mais assim, na verdade nunca fui assim. Tem gente que é mais radical do que eu, mas hoje a gente está livre, temos possibilidades de você tocar a música, de construir e aquela coisa ficar meio que um “Live”. Para quem não sabe um “Live PA” é você levar um estúdio ali ao vivo e tocar suas músicas, de autoria própria naquele momento para as pessoas. Live na verdade é tocar ao vivo as músicas que você fez, como se fosse uma banda, você está com o laptop, com um teclado e você toca ao vivo. A discotecagem é diferente. Você pode tocar uma música sua gravada, mas você está tocando, com também músicas de outros Dj´s, outros produtores. Hoje com essas possibilidades de softwares você pode pegar a música de produtor “X” e desconstruir a música e deixar totalmente diferente naquela execução e soar como uma coisa sua. Hoje você tem mixer com efeitos, a tecnologia cresceu bastante e espero que cresça cada vez mais, porque isso auxilia não só o nosso trabalho, mas também utiliza toda a questão de discotecagem que a gente tem.

C- Tem gente que acha que o Dj é o cara que fica atrás daquela mesa, com todos aqueles equipamentos na sua frente e que sua função é apertar um botãozinho e a festa acontece. Qual é o verdadeiro papel do Dj, como ele interfere na música, na pista? Como é o retorno do público?

R
- Olha, vou ser bem sincero com você, tem muito Dj que é assim,viu? A gente conhece um monte que só faz um “playback DJ”. É complicada essa questão. O Dj é um cara que acima de tudo está tocando música para as pessoas. Existem várias concepções de o que é um Dj. A minha é: o Dj é um artista, se expressando, tem que ter presença de palco, ele tem que incrementar isso. Não só a questão técnica de você manipular os discos, o Cds, o mixer, os softwares. Tem a questão do “feeling”, do “feedback” com o público. Eu acho que hoje é fácil ser Dj. Quando eu comecei ser Dj era muito difícil.

C- Há quanto tempo você é Dj?

R
- Eu sou Dj há 15 anos. Na época que eu comecei, os caras já falavam isso para mim: “hoje ser Dj é muito fácil!”. Para você ver: na época os caras que começaram mesmo, que falaram isso para mim, era mais difícil ainda. Lógico! Tudo que a gente falou aqui das possibilidades tecnológicas, hoje a Internet mudou muito isso. Hoje o cara baixa meia dúzia de músicas e toca nas festas. O cara é amigo do produtor “tal” e ele tem pena e bota o cara para tocar “Taí, o cara é Dj agora!” Mas uma coisa é certa, a questão do “feeling” e do “feedback” o cara só adquire com o tempo, não adianta, o cara não vai pegar de uma hora para a outra. Eu acho que realmente o Dj está ali se expressando, é um artista se expressando. Muita gente não vê desse jeito, muita gente que é leiga vê o Dj como o “Jukebox”, os caras que tocam mais em casas comerciais, eu sei disso porque eu também trabalho em casa comercial (Órbita bar). O público tem a concepção de que o Dj tem que tocar aquilo que ela quer escutar naquele momento, e isso é complicado, porque ele pensa “Ah!Mas não tem o Cd? Bota o Cd e toca!” Não é bem assim. O Dj hoje tem uma personalidade, e como um médico que procura áreas na Medicina, o Dj também procura. O Dj é um artista! Muitos deles realmente tocam de verdade apesar dessas facilidades tecnológicas, mixam ou não,pois existem softwares que já fazem isso, mas tem a sua identidade. Essa questão do softwares bate de frente com o Dj que gosta de tocar na forma antiga, mas hoje em dia tem softwares que a pessoa toca e nem precisa ajustar o “pitch”, que é o controle de velocidade da música. Talvez o mais importante hoje em dia seja a escolha do repertório em detrimento de uma técnica excelente. Eu vejo muito Dj que tem uma técnica muito boa mas o feeling para a pista não é muito legal, assim como o contrário tb acontece. Então, assim, tem muito Dj que não sabe nada sobre a manipulação dos toca-discos, softwares e dizem que fazem “Live” e na verdade não é bem um “Live”, e tem Dj que faz um “Live PA” mesmo, fazendo ali as músicas que está tocando ou então discotecando mesmo, botando agulha, mixando, pegando o “pitch”.

C- Há 15 anos atrás essa sua entrada no mundo da música eletrônica como foi?

R
- Tem uma frase de um Dj que eu acho legal e vou usá-la “eu fui fã de ser Dj antes de música eletrônia e qualquer outra coisa”. Na minha casa meu pai tinha um equipamento caseiro,mas que era um equipamento que pouca gente tinha. Tinha um mixer antigo, tinham dois toca-discos. Meu pai tinha rolo, equipamentos mais antigos, mas que até hoje ele tem em casa e isso pra mim foi uma influência. Eu vi ele mexendo com aquilo e peguei gosto em manipular o equipamento, a música, poder voltar a música, botar a agulha e tocar. Eu gostei de ser Dj antes de tudo. Eu escutava muito rádio, via muitos Dj’s que tinham muita cultura (hoje talvez nem tanto). Na época que eu comecei eu achava a magia de ver um cara mixando uma música com a outra algo incrível. Eu tinha os equipamentos, só não que não sabia como fazer, né? Eu passei por muitas fases, aquela onda que acho que hoje em dia o pessoal nem conheça, o Funk Melody, o Electro de Miami, , depois veio a época da Dance Music eu era menino ainda, mas escutava. Ai foi quando eu comecei a ser Dj, fiz curso de mixagem, fui atrás e vi que meus equipamentos davam para tocar mesmo sendo meio arcaicos, rústico, em um dos toca discos tinha “pitch” e o outro não, aprendi nisso. Eu passei por várias fases para chegar onde eu cheguei. Eu acho legal esses Dj´s novos que estão entrando, é diferente hoje, porque a coisa está digamos, mais fácil. O Dj fala “ eu quero tocar House, eu quero tocar Deep House, quero tocar Minimal, Psy trance, Drum ‘n bass...” Na época que eu comecei não existia nada disso! Dance Music era uma coisa toda junta. Eu ia pras matinês e escutava R&B, Hip-hop, italo House, Dance underground, peguei coisas da Europa. Em Brasília foi que eu comecei. Um pouco antes de eu vir para Fortaleza, foi quando eu me interessei mais pela música eletrônica underground, pelo cenário “clubber” de Nova Iorque. Foi nessa época que começaram a surgir as primeiras festas eletrônicas em Brasília, eu não chegava a ir, pois escutava mais em rádio mesmo. Cheguei em Fortaleza em 1995, e vi a cidade totalmente oposta a essa cultura, porque aqui era uma coisa bem pequena, tinham Dj’s, mas era um coisa bem comercial. As boates daqui rolava de Dance a Axé, era uma coisa louca. Mas foi assim que veio toda essa minha fome por essa cultura eletrônica, eu nem sei explicar, eu falo até com uma certa euforia, que eu não precisei viajar para Londres, para São Paulo, lógico, eu era Dj tinha a questão da necessidade de comprar os discos, revistas. Era tudo importado, a Internet era o único meio de eu ler e me informar, sempre vendo os discos que saiam. Ligava para as lojas em SP em Brasília, e na maioria das vezes eles não tinham.

Outro ponto positivo, eu ter começado em uma cena mais underground GLS, na década de 90 eles eram o único público que curtia música eletrônica aqui. Ainda era pequeno, e essas casas gays tocavam muita coisa comercial. Eu toquei muito em casa GLS. Só que existia um público que também gostava de um som diferente. Até os donos da casa viajavam e traziam CD’s para mim. Foi ai que eu conheci o Fran, e o Zozó que conheci um pouco depois, que foram os caras que começaram mesmo as coisas aqui em Fortaleza. Pioneiros, eles meteram as caras “eu vou tocar isso!” na época da acid house. Imagina Fortaleza em 88? Os caras já tocavam acid house aqui. Claro que eles misturavam com muita coisa comercial da época, tipo Madona, essas coisas. Mas eles tocarem aquele som naquela época 88/89 em Fortaleza é de tirar o chapéu. Eu peguei esses caras como influência.

C- O nome Rodrigo Lobbão representa a vanguarda da música eletrônica no Ceará. Você é um DJ super respeitado pelo público e também por outros DJ’s locais, ensinou vários a tocar através de seu antigo núcleo, o Undergroove; como começou o Undergroove e quem eram os membros?

R
- Na verdade, curso mesmo, eu dei para pouca gente. Eu acho que a geração que foi criada de DJ’s vieram pós Fil e Arlequim, principalmente o Arlequim. O Fil, na verdade, não fez curso comigo. Eu e o Arlequim o pegamos meio que “na marra”, dia após dia. Tem gente que é auto-didata, né? Não foi bem um curso.

C- E o Undergroove?

R
- O Undergroove foi um grupo de amigos, de pessoas aficcionadas pela música eletrônica, insatisfeitas com o cenário musical da época, não existiam festas periódicas. E o que aconteceu foi que o Fran* e o Zozó que fizeram as primeiras e festas e tocaram nas primeiras casas de música eletrônica, nas periferias, e depois disso, eles tocaram em festas periódicas. Era uma pequena parcela que freqüentava essas festas, antigamente. Ficou uma lacuna aqui em Fortaleza. O Domínio Público foi um local onde rolava música eletrônica, mas o que tocava era Chemical Brothers, Prodigy, ou seja, não era nada que pudesse ser chamado mesmo de festa de música eletrônica. O que aconteceu? Nós pegamos o grupo Pragatecno como referência, que é um coletivo de música eletrônica de João Pessoa, e pensamos “vamos juntar um grupo”. Na época, a união era mais do que necessária. Aí apareceu o Angel, o Fil, eu, o Arlequim, o Hudson, o Cristiano (Chris DB), fizemos um evento chamado “Digitais”, na UFC, que foi o Fil que elaborou na época em que ele estudava arquitetura lá, e foi daí que surgiu o Undergroove, mais ou menos em 1999. Mas não havia uma satisfação total, eu tocava uma coisa que eu gostava, mas não era exatamente o que eu queria. Logo depois criamos o site, que talvez tenha sido o primeiro portal de música eletrônica do Ceará, e foi nesse portal que criamos um fórum, começamos as discussões, tomando como referência o RRAURL (www.rraurl.com). Em resumo, foi a união de amigos, colegas, conhecidos, não necessariamente DJ's (alguns não eram). Fazíamos festas na Praia de Iracema, quase mensalmente, num total de aproximadamente 30 festas.

C- E o público dessas festas, era em torno de quantas pessoas?

R
- Não era tão grande, mas dava sempre de 300 a 500 pessoas. Era uma coisa nova, atraía alguns pela novidade que representava, era o pessoal mais "antenado" da época que freqüentava. Também tinha a questão de que, na época, a Praia de Iracema era o "point" da cidade, então haviam vários locais onde fazer festas, como o Teatro do Boca Rica e o Hey Ho Rock Bar. Queríamos mostrar da música eletrônica o lado mais conceitual da coisa, algo como um hobby, uma coisa de aficcionados, que haviam pessoas que entendiam, discutiam... Nós pegamos uma base muito legal por aqui no começo, tivemos sorte de ter pessoas legais colaborando.

C- Qual a principal diferença que você vê entre essa época, em que haviam pessoas que entendiam, e agora?

R
- Bom, hoje existe um grande mercado em torno da música eletrônica, mas ainda é possível existir também existir algo conceitual. E é bom que apareçam coisas conceituais, "underground" (sem ser sinônimo de "podreira", mas sim, algo sofisticado). Mas apareceram uns produtores oportunistas, até mesmo DJ's oportunistas, interessados não apenas no dinheiro, mas também em aparecer. Batíamos de frente com os DJ's mais comerciais, que não têm personalidade no som que tocam. Mas enfim, acho que hoje em dia falta aquela coisa mais informativa, do conhecimento mesmo.

C- A mídia tem cada vez mais alardeado que as raves estão totalmente ligadas ao uso das drogas sintéticas. Qual a sua visão a respeito dessa suposta ligação?

R
- Nós vivemos num país que é muito hipócrita, demagogo. Sabemos que a droga é um mal social. E drogas são coisas fáceis de comprar, seja no forró, na micareta, na esquina da sua casa... A mídia gosta muito de mostrar apenas um lado da questão, às vezes até mesmo pela falta de preparo acadêmico por parte dos jornalistas (sejam da TV ou de jornais impressos). Não vão a fundo buscar e levar informação às pessoas. A questão é que as drogas sempre existiram, sempre vão existir, e cabe aos usuários ter cabeça na hora de usá-las. Não vou ser hipócrita aqui e dizer "não usem drogas", mas é o que eu digo às minhas sobrinhas que estão começando a freqüentar essas festas. É muito fácil se perder. O que eu acho é que as pessoas precisam de informação, equilíbrio, e, principalmente, bom-senso.

C- E a questão dos menores de idade que freqüentam as "raves"?

R
- Eu sou contra. Eu acho que deveria haver uma forma mais rigorosa de controlar o acesso de pessoas menores de idade nas festas de música eletrônica. Esses menores podem desencadear uma coisa bem pior, até mesmo relacionado à mídia.

C- Quando estávamos falando de música eletrônica na minha sala e discutindo sobre o trabalho, uma colega do grupo perguntou: "Eu nunca fui a uma rave. Como é, a gente chega e já dão uma bala na nossa mão pra ficar muito doida?". Você, Rodrigo, disse a pouco que era completamente "careta" com relação a drogas. O que você teria a dizer a uma pessoa que nunca foi a uma festa de música eletrônica por puro preconceito, mesmo curiosa por conhecer aquele ambiente?

R- Bom, eu diria para ela ir a uma dessas festas. Essa pessoa deveria tirar o demônio do preconceito dela e ir com a cabeça aberta, ver o que acontece lá. Seja numa "rave" ou num "club". Muita gente pensa que vai chegar num ambiente assim e encontrar um monte de gente louca, "se passando". É o puro preconceito. Pessoas assim não enxergam seriedade nos freqüentadores aquele ambiente. Mas eu queria que ela fosse a uma festa de música eletrônica, sim.

Jogos (2)

Grupo: Jogos Eletrônicos - por: Arnaldo Bruno, Ednardo Chagas, Karinne Pavão, Débora Almeida e Louise Martins

Notícia do site por Rodrigo Guerra
Jogos para baixar direto no videogame

Mega Man 9

Preços - PSN: US$ 9,99 / Wii Ware: 1.000 Wii pts. / XLA: 800 MS pts.

Parece jogo antigo, mas não é: Mega Man 9 é novo em folha, só que produzido sob as mesmas condições técnicas disponíveis no final da década de 1980. A diferença é que hoje não é mais necessário um cartucho: basta comprar o jogo pela loja online e fazer o download diretamente no videogame. Além dos gráficos da era 8-bit, o alto nível de dificuldade e a diversão são os mesmos de quando éramos jovens e mais inocentes. Bons tempos aqueles.


Portal: Still Alive


Preço - Xbox Live Arcade: 1200 MS pts.

Game com visão em primeira pessoa, no qual o jogador utiliza uma arma que cria portais (daí vem o título, Portal. Pegou?): com ela, é possível sair de um certo ponto A e chegar a um ponto B instantaneamente, como mágica. Os mapas - 14 inéditos - desafiam a lógica e vão queimar o que restar de seus neurônios.


Age of Booty


Preços - PSN: US$ 9,99 / XLA: 800 MS pts.

Neste, o objetivo é se tornar o maior pirata dos sete mares, dominando cidades e saqueando navios mercantes. É preciso ser um bom estrategista para saber quando e como atacar, pois outros bucaneiros também querem os tesouros espalhados nos mapas e não vão ficar boiando na hora da pilhagem.


Fonte: revista rollingstoneonline

Jogos

Grupo: Jogos Eletrônicos - por: Arnaldo Bruno, Ednardo Chagas, Karinne Pavão, Débora Almeida e Louise Martins

BAIXE JÁ

An Inconvenient Web game

A questão do meio ambiente e as eleições norte-americanas motivaram a criação deste jogo, cujo título é um trocadilho inspirado no filme de Al Gore. O objetivo é implantar energia solar, reciclagem e florestas no momento certo, para ganhar popularidade e se eleger presidente. Se falhar, o destino do mundo estará debaixo d'água...

comedycentral

Campaign Rush

Criado a pedido da emissora CNN, este é mais um jogo motivado pela campanha presidencial. Primeiro, é preciso escolher um candidato e começar a trabalhar na campanha. O trabalho vai desde atender telefones a tirar cópias. Fica a dica: tome um café para realizar as tarefas mais rápido.

CNN

Brute

Imagine um Street Fighter com personagens orientais. Neste jogo francês online que já virou mania, tudo o que se pode fazer é escolher um herói, definir sua aparência e colocá-lo para brigar com heróis criados por outros usuários. Um endereço na web é criado para seu lutador, com o qual é possível desafiar e ser desafiado por qualquer um. (aki vai a foto meio amarelada)

Labrute


Fonte: revista rolling stone, novembro de 2009 edição numero 29.

21 de nov. de 2008

Uma pílula viva dentro do corpo humano - Bactérias manipuladas poderão um dia ser programadas para combater doenças

Grupo: Cyberpunk - por: Wilame Januário, Klinger de Sousa, Vanessa Fugi, Cecília de Queiroz, Allyson Reis e Afrânio Albuquerque

A expressão em inglês para essa construção viva é justamente "biobricks", ou tijolos biológicos. A mais recente iniciativa nessa área vem do Centro de Regulação Genômica, de Barcelona. Os pesquisadores espanhóis tentarão manipular a Mycoplasma pneumoniae, uma bactéria muito simples, com apenas 684 genes. A idéia é conseguir introduzir, no futuro, uma linha nova da bactéria nas células humanas para atuar como um chip biológico, produzindo as moléculas de que o corpo necessita para combater doenças específicas. Em caso de possibilidade de dano, a bactéria poderá ser eliminada com um simples antibiótico. A nova bactéria será, portanto, uma espécie de pílula viva contra determinadas doenças. A expressão "biologia sintética" surgiu em 1974, em artigo do geneticista Waclaw Sybalski, apenas como uma possibilidade. Em 2003 foi formada a Biobricks Foundation, uma organização de pesquisas formada por especialistas da Universidade Harvard, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e da Universidade da Califórnia. A maioria das pesquisas até agora utilizou vírus como veículos para transportar genes humanos. E uma dessas experiências fez com que crianças desenvolvessem leucemia devido ao vírus. "Os vírus têm uma capacidade de transporte muito limitada, geralmente restrita a apenas um gene humano", diz Luis Serrano, líder da pesquisa de Barcelona. "A bactéria poderá transportar circuitos genéticos complexos e tem a vantagem de não modificar o genoma do paciente." Durante três anos os cientistas espanhóis estudarão a fundo a bactéria para conhecer seus mecanismos de resposta ao ambiente – e assim, um dia, conseguir transformá-la nessa tão esperada pílula viva.

(Revista Semanal (on-line). São Paulo: Abril, novembro de 2008. Disponível na internet. URL: RevistaAbril)